Do princípio, do abismo, do caos
Nada nasce, não há lei, não há motivo.
O ser o é agora na eternidade, sempre,
O agora...
A rocha,
O céu,
A nuvem,
A montanha e o tédio, tudo, todas,
Formas do próprio princípio,
Do ser,
Do nada,
Do princípio, do abismo, do caos.
“Pois que abrir um livro e folheá-lo é sonhar, e lê-lo em ordem é viver.”
Como no fim, a dúvida perdura, e a névoa profunda se aproxima, lá sempre esteve perscrutando o horizonte, mas somente no fim é que nos damos conta realmente de sua existência, somente quando os abismos se estreitam é que a névoa torna-se ainda mais aterradora. Eis o o grande crepúsculo, o grande meio dia passou despercebido, que cante-se o réquiem, então a nostalgia torna-se o último dos faróis.
“O que são nuvenssenão uma desculpa do céu?O que é a vida senão uma fuga da morte?”
O ciclo dos retornos eternos nos impele a relembrar, pois se é um ciclo, conhecemos o passado e o futuro, o que aqui escrevem ontem a pouco se leu. Este texto, mais que um simples arranjo probabilístico, tornar-se-á, torne-se o agora já o é, a cada lembrança, um misterioso ponto de inflexão do tempo. Aqui sempre esteve e aqui sempre estará, estarei.
"Tempono início era começoo depois veio depois do depoissó quando esse se estabeleceuno princípio era o agoraisso demorou até quetudo virou antes e depoisentão numa revolução peludao agora voltou ao trono.antes e depois viraramfalta do que fazere tanto fizeramque o agora virou tudo, nadade volta ao princípioo agora congelou.o antes fica pra depois.”